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Prejuízo Líquido

TROCAR A VELHA DESCARGA E O CHUVEIRO GASTÃO, PODE FAZER A CONTA DE ÁGUA DESPENCAR.


Na próxima vez que você entrar no banheiro de sua casa, olhe o vaso sanitário. Se ele for equipado com a velha válvula de parede, o equipamento estará fazendo mal tanto para o ambiente quanto para o seu bolso. Durante um mês, os disparos dos botões da descarga podem representar 30% do consumo de uma casa.

“Esse é um ponto importante a ser atacado. Existem tecnologias no mercado que não custam mais caro que as tradicionais, e podem atenuar o problema”, diz Martha Nader, arquiteta especializada em sustentabilidade.

Uma válvula de parede joga esgoto abaixo com dois litros de água/segundo. Em dez segundos são 20 litros. Se cada membro de uma família de quatro pessoas for duas vezes ao banheiro por dia, em um mês, serão gastos, apenas com a descarga, 4,8 mil litros de água.

“Hoje, com as caixas acopladas de duplo acionamento [para urina e fezes], de três e seis litros, a economia pode ser brutal”, diz Nader. No exemplo da típica família brasileira, apenas com a água usada no vaso sanitário, a troca de descarga poderia gerar uma redução de 80% no consumo de água.

Para não sair do banheiro, o chuveiro é o segundo item que precisa ser avaliado. Em todas as lojas especializadas existem equipamentos baratos, chamados de redutores de vazão, que contribuem para baixar o consumo de água. Quem toma banho simplesmente, não percebe grande diferença, talvez apenas melhora na pressão da ducha. Mas quem paga a conta de água, certamente vai adorar a mudança.

Estimativas feitas pela Sabesp mostram que a redução no consumo de água de uma casa pode variar de 32% a 62% no final de um mês. Somadas, a água usada na descarga e no banho podem representar 50% da conta de uma residência tradicional.


FIM DO PINGA-PINGA:

Você trocou as descargas e os chuveiros por equipamentos menos perdulários. A reforma contemplou ainda torneiras mais econômicas e uma nova máquina de lavar -alguns modelos lavam cinco quilos de roupa com mais de 100 litros de água. Um exagero, dizem os técnicos.

Mesmo assim, ainda há o que fazer para poupar água. Numa cidade como São Paulo, onde chove muito no verão, um projeto para captar e reutilizar a água da chuva, por exemplo, poderia reduzir ainda mais o consumo. “Nosso índice pluviométrico é alto. De dezembro a março é perfeitamente viável montar um sistema para não gastar um centavo com água para descargas”, diz Nader.

Ainda resta outra ação factível: uma boa revisão nos banheiros e na cozinha acaba com o famoso pinga-pinga das torneiras e baixa o consumo em mais 15%.

50% Da conta de água de sua casa correspondem ao banho da família e à quantidade de descargas dadas durante o mês.

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Fonte:http://ecohabitararquitetura.com.br/
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