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O porquê de não utilizar o cal em paredes

Quando começaram a aparecer as primeiras “tintas” no mercado, com uma variedade de cores diferentes das até então usadas, as pessoas com melhores possibilidades financeiras passaram a embelezar as suas casas com elas. Sendo isso considerado um “luxo” na época, dado que o preço das mesmas era considerado muito alto, as pessoas tinham que, de alguma forma, tornar menos dispendioso o problema da pintura das casas.  
A solução encontrada por elas na época foi a aplicação de duas demãos bem fortes de cal,  (e que infelizmente continua sendo usada até hoje) a funcionar como selador acrílico, pois com isso, iriam gastar menos tinta. A ideia é correta, só que o produto (cal) não é indicado para este tipo de serviço. Para compreendermos o porquê desta afirmação, falemos um pouco sobre a corrosão do rebocos de cimento. 
De um ponto de vista de corrosão, o reboco pode ser considerado bastante inerte quando está em ambientes de agressividade normal. Por outro lado,quando estiver em contato com meios ambiente quimicamente agressivos, deve ser rapidamente protegido para evitar a sua destruição. De um modo geral, o reboco precisa ser protegido contra:
•Erosão causada pelo vento e pela água, 
•Ação de micro organismos tais como algas e fungos, 
• Alteração das características básicas de isolamento térmico e acústico, 
•Destruição causada por alguns produtos químicos, 

•Etc

Dentre os produtos químicos, os mais terríveis não só pela sua agressividade como também pelo fato de serem contaminantes atmosféricos, são os ácidos inorgânicos, bem como os gases por eles libertados. Temos:


1. Os ácidos clorídrico e nítrico reagem com a cal e destroem rapidamente o reboco mesmo
quando se apresentam sob a forma de soluções diluídas;

2. O ácido sulfúrico age como os ácidos anteriores, mas é ainda mais perigoso porque forma sulfatos insolúveis que produzem fenômenos de dilatação com o consequente desagregar do material;

3. O ácido carbônico danifica o reboco quando está em grande quantidade em solução aquosa, transformando o cal em carbonato de cálcio que provoca, muito lentamente, a sua destruição;

4. Outros produtos tais como os ácidos orgânicos, o açúcar, alguns sais inorgânicos e as gorduras animais e vegetais também causam, lentamente, a corrosão do reboco.

Quando preparamos a cal para aplicação, colocamos num recipiente e, ao adicionarmos água, dá-se uma reação química e automaticamente começa a libertação do gás carbônico, que se escapa pela atmosfera.

O cal mal dissolvido na parede, de novo em contato com a água (das chuvas ou infiltradas de outra maneira), reagem e libertam o gás para a atmosfera. Quando se aplica uma tinta plástica (tinta a base de água) por cima do cal, esta reage com a água que se utilizou para a diluição da tinta e começa a libertar o gás carbónico. Como a tinta vai secando, forma uma película fina e praticamente impermeável, que não deixa escapar o gás para a superfície, este vai se acumulando entre a parede e a camada de tinta, corroendo microscopicamente a superfície do reboco.

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Fonte: Sídio Arruda - Lukscolor tintas
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